quarta-feira, 18 de março de 2009

Chuva na Casa de Água

Chuva na Casa de Água

Rolinhas abrigadas no abacateiro do vizinho
As duas menores ficavam juntas
E a maior ficava sozinha
Enquanto a chuva caía
No sol do meio-dia

A noite quando escurecia,
As três ficavam juntas na mangueira
A maior cobrindo as menores
Enquanto a chuva caía
Naquela noite maldita

Eu pensei em sair na chuva
Mas tremi de frio
Com a gota d’água em minha pele
E preso em casa fiquei
Naquela casa de água

Esperei a chuva passar
E fui tomar as rédeias da minha vida
Na volta, choveu novamente
E não tive escolha
Tive que entrar na água

A água estava boa
Não gelada como antes
Ou seria a necessidade
Que brochou
Minha sensibilidade ao frio?

Mais sorte tinha a rolinha
Aquela que não estava sozinha
Mesmo que a água viesse
Ela não estaria sozinha
Ela não morreria sozinha...

Cheguei em casa
Fui para meu banho quente
Rádio ligado, música no ar
E a canção desafinada
Que estava a cantar

Agora aqui no Word
Tentando fazer poesia
Com aquilo que foi meu dia
Mas em nada consigo pensar
Para essa poesia encerrar...

Tema: Bush –letting the cables sleeep

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom, é como se brincasse de fazer poesia.. gostei da simplicidade da inspiração que aparenta ter ! Bjs

Nyh! Marinho. disse...

Nóóóó...muito legal, é foda quando as pessoas conseguem ver beleza no seu dia-a-dia...oq as vezes passa despercido aos olhos dos outros, alguns vem com um olhar poético do mundo!
Parabéns!

Henrique disse...

despressivo mas expressivo! Eu reflito muito a respeito de como a sociedade criou celas, grades e ruas que inundam nas enchentes. Tem gente morrendo de ataque cardíaco em são paulo... rs

credo