quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

REPETINDO Posts antigos do meu space q ninguem visitava rs:

http://jairshimbokinomoto.spaces.live.com

Incerteza.

Posso estar sozinho agora,

Mas meu pensamento não.

Puxo os lençóis para me esquentar

Do frio que me estremece

Poderei ter tudo que perdi?

Sei que sou homem vivido

De coração quebrado

Sem vestígios de ilusão.

***

Ando pelas ruas no outono

O vento leva e trás as folhas secas

É como minhas lágrimas

De um passado que tento esquecer

Em algum lugar e...

Recuperar momentos alegres

Somente estes...

Mas já sofri tanto que me acostumei.

***

A dor é maior quando vejo que já não está aqui

Dor de lamentar, doloroso conformismo.

Choro noturno e mergulho em distrações

Tudo porque você não está aqui.

Acenderia um cigarro, mas não fumo.

Tomaria um porre, mas não bebo.

Fugiria loucamente, mas não tenho coragem.

Meu entorpecente interno é você.

***

Tenho certeza que o tempo não volta.

Faz anos, minha vida mudou e...

Segui outros caminhos.

Caminhos onde você não está comigo.

Caminhos que não chegarão até você.

Um caminho onde você não passa de vaga lembrança.

Você foi um degrau... Não sei se para baixo ou para cima...

Que marcou a minha vida.

***

Não há ninguém como estepe.

Seria egoísta usar alguém desta forma.

Seria coisa de homem fraco.

A verdade é que sinto falta disso.

De assumir minha fraqueza como um fraco.

De agir como idiota, de gritar, de acusar-te,

De chorar no ombro de alguém, de mentir...

Minha humanidade e fraqueza você levou na sua mala.

***

Passo em meu ônibus pelo seu bairro

E procuro por você incessantemente.

Quero saber se você está feliz

Se encontrou outra pessoa, se casou,

Como anda sua vida, se trabalha,

Se mudou, se ainda está lá,

Qualquer coisa sobre você.

Mas você sumiu.

***

Voltei em nossa praça.

O nosso banco continuava lá.

Mas não havia ninguém lá.

Desde que demos as costas um ao outro...

Não houve mais nada.

Nossa vida mudou, as lágrimas secaram,

Eu mudei, você mudou, nós mudamos.

Mas eu nunca esquecerei do quanto nos amamos.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

estréia

que brega estreiar um blog com o título "estréia" mas estou numa fase completamente sem idéias. Bem, vamos a postagem! Vou continuar uma fic que ja escrevo há mais de cinco anos. Na verdade, eu já até tinha concluido a história mas uma amiga me "roubou" o caderno que continha o final. aí tive que praticamente reescrevê-lo agora mas nao passo da metade. Espero que gostem, se não durmirem até o final. Hoje em dia eu vejo que o amadorismo impera, mas eu tenho meu público =^.^= para vocês...

também arranho uns traços no mangá, por isso acostumem-se a "contemplarem" minhas belas obras de arte!

Um Novo Começo

Capítulo 1



Encontrou o pingente atrás da cômoda. Não ia sossegar enquanto não o encontrasse.

Na chegada da mudança, a maioria das coisas se perderam, mas aquele pigente não! Nunca! Jamais! Era a lembrança mais preciosa daquela terra. Era uma pena ter deixado a cidadezinha, mesmo assim, não fazia mais sentido continuar ali.

- Joan? Sua mãe disse vestindo um avental azul que havia sido da falecida avó de Joan. O jantar está pronto. Você está trancada aí no quarto desde que chegamos!

- Calma! Já resolvi meu problema. Já estou descendo.

Abriu a porta do quarto e desceu como uma bala.

- Está animada com a mudança filha?

- Não pai, estou com fome mesmo.

- Porque não dá uma volta pela cidade?

Degustando um pedaço de carne assada, ficou pensando. “Se eu for, posso conhecer um pouco esse bairro. Mas ainda tenho muito o que organizar no meu novo quarto.”

- Se for, leve o Tales junto! Ele quer sair.

Abriu um olhar de reprovação. “Eu não vou carregar esse pirralho comigo! E se alguém me ver com ele?”

- Pensando bem, não vou não.

- Não vai só porque eu disse para levar seu irmão! Você vai sim!

- É, eu quero sair. Tales grita.

- Tá bem, já que obrigam...

Terminou o jantar.

- Bem, se vamos, então fique quieto Tales! Senão conto tudo para minha mãe.

- Tá.

Colocou a blusa azul de mangas compridas e a saia rodada no estilo hippie com sandália média. Cabelo solto e seu colar com pingente de cristal, seu favorito.

- Vamos.

Ele pegou a mão dela e sairam pela porta da frente. Era tudo muito diferente. Logo na esquina haviam vária lojas. Todas as ruas eram asfaltadas. Haviam muitos transportes e pessoas.

- Nossa! Tudo isso é ótimo!

- Quero um sorvete. Tales já resmungava.

- De quê? Joan falava, impaciente.

- De morango com cobertura de nozes!

- E precisava perguntar! Esse é seu favorito. Deixe-me pegar o dinheiro.

Seguiram em direção a sorveteria mais próxima. Haviam inúmeros sabores. Muitos até desconhecidos por eles. No local haviam algumas mesas para os clientes saborearem a vontade seus sorvetes, uma ambientação dos anos 50 deixava o local com um charme incomparável.

- O que é açaí? Pergunta Joan , curiosa, para a atendente, uma senhora gorda e muito simpática.

- É um sabor muito gostoso. Vem de uma fruta bastante vitaminada, faz bem para os músculos. É bem natural. Disse a atendente entusiasmada.

- Eu quero um desses com cobertura de chocolate.

- E eu de morango! Com nozes! Disse Tales ,gritando.

- Já vou te atender garotinho.

- Não, ele está comigo. Pode pôr na mesma conta.

- Tudo bem, me desculpe jovem. A atendente preparou os sorvetes e voltou. Por acaso vocês são irmãos?

- É, somos.

- Pois se parecem. Entregou os sorvetes e pegou o dinheiro, conferindo cada moeda.

- Está certo. Voltem sempre!

- Tchau.

- Açaí é bom! Disse Joan ao provar.

Ao caminharem, logo após tomar os sorvetes, encontraram uma aconchegante praça. Era gramada, com um notável playground, muitas madames passeando com seus pudows, crianças brincando numa parte mais iluminada debaixo da vista de seus pais, cautelosos e um chafariz com uma estátua de anjo soprando água.

- Posso brincar no escorrega? Tales dizia, puxando a blusa de Joan.

- Vai e pára de puxar minha roupa. E vê se fica por perto ta?

- Ta Joan.

Ela dava uma breve volta pelo parque, no meio das árvores. “Tudo começou de novo. Terei de fazer novos amigos, freqüentar uma nova escola... parece que tudo que vivi terei que deixar. Em algum lugar.” Olhou para o pingente que custou a achar na bagunça da mudança enquanto uma leve brisa que anunciava a primavera passava balançando os botões de flor, prontos a desabrochar na próxima manhã.

O crepúsculo vespertino ainda fazia uma leve presença no horizonte. A noite caía com toda sua força e todas as suas estrelas estavam presentes. “Foram tantas promessas, tantos sonhos, que pena que tudo acabou, e daquela forma...”

Deixou cair uma lágrima enquanto sentava em um dos bancos da praça. Ali, pranteou até os olhos incharem, sem vergonha do olhar alheio sobre sua dor. Contrastando com toda aquela beleza e alegria daquele lugar.

Nada fazia sentido. Mesmo assim, tentava entender em vão o porquê daquilo tudo.

Levantou-se atordoada pois a hora já avançava.

- Ai! Joan havia esbarrado em alguma coisa.

- Cuidado por onde anda garota! Dizia o garoto em quem Joan havia esbarrado e derrubado.

- Me desculpe. Shhh.

Percebendo seu olhos inchados, o garoto viu que ela havia chorado bastante.

- Aconteceu alguma coisa? Dizia ele se aproximando dela cautelosamente.

- Nada. Joan se descontrola. Deixe-me chorar em paz!

- Me desculpe, nem me apresentei, meu nome é Guilherme mas pode me chamar de Gui. E seu nome é...

- Joan. Ela sussurra. Ainda tensa.

- Nossa, que diferente...

- Diferente o quê?

- O seu nome.

- O que você quer dizer? Que meu nome é feio?

- Não! Ele fica assustado com essa mudança de atitude dela.

- Então?!

- É que eu nunca havia conhecido uma Joan antes. Explica ele, cauteloso ainda.

- Ah.

- Você está melhor agora? Pergunta ele.

- Acho que sim. Ela finalmente ergueu os olhos e reparou como ele era. Ele não era feio. Era de uma beleza comum, latina. Cabelos lisos e negros, olhos castanhos nem claros nem escuros, uma pele morena e lisa e um sorriso natural cheio de vivacidade. A princípio parecia de uma sinceridade peculiar mas havia aprendido a não confiar nas aparências.

- Desculpe incomodar então gata, eu tenho que ir agora. Tem telefone?

- Por enquanto não, acabei de mudar para cá.

- Irmã. Tales aparece. Vamos pra casa?

- É, já está na hora de eu ir também. Num gesto espontâneo e desmedido, ela segura a mão dele com as suas. Obrigada. Diz ela com um olhar doce, um olhar de agradecimento.

- De, de nada. Ele gagueja timidamente e tira a mão dizendo: Tchau Joan, até a próxima. E sai em disparada.

- Vamos para casa Tales, você está com sono? Diz ela pegando-o no colo.

- Sim.

- Até que para quatro anos você não está tão pesado.

- “...” Tales já dormia.