quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A Escola parou no tempo



Nas mãos de uma criança, vemos celulares, jogos eletrônicos, câmeras digitais, a maioria das vezes tudo isso reunido em um só equipamento. Acesso a conhecimentos? A internet proporciona a ponte para tudo que uma criança precisa(e quer) aprender. Porém, ela chega à escola e encontra um professor, um quadro e um giz. É obrigada a desligar sua diversão e prestar atenção no monólogo do professor.
Não é preciso fazer uma grande pesquisa para perceber que, de todas as áreas de conhecimento, como por exemplo, a comunicação, a saúde, a engenharia, um dos que ficou pra trás nesta corrida tecnológica foi a educação.
É clara a importância do educador para a formação não só da criança, mas de todo aquele que deseja e/ou precisa estudar um determinado conhecimento. Pois ele é quem pode promover as interações entre o conhecimento e o indivíduo. Porém não podem ser descartadas as outras formas de obtê-la. A internet é uma delas. Apesar de ser a forma mais fácil de chegar a novos conhecimentos, é a mais criticada pelos educadores.
Motivo? As máquinas podem desumanizar o conhecimento, segundo alguns especialistas. Apesar de encurtadas a distância entre o conhecimento e aquele que deseja obtê-lo, existe o medo de que todo esse conhecimento sem intermediários possa diminuir a afetividade entre as pessoas. O medo aqui é que a impessoalidade da internet possa influenciar negativamente e afastar as pessoas umas das outras.
Ainda que a internet e outras ferramentas ganhassem mais destaque na escola, acredito que a figura do professor não ficaria de lado. Claro né, as atuações dele não seriam as mesmas de hoje. Uma criança que chega na escola, ativa, pronta para brincar com os colegas e conversar sobre os conhecimentos de seu interesse, e até mesmo uma troca de conhecimento entre si sobre o conteúdo ensinados pelos professores, é abafado por um fica quieto! Não levanta! E ela senta de cabeça baixa e começa a copiar do quadro, é o tipo de atuação que não combina com essa geração atual, mais proativa, que tem um mundo ao clique de um mouse.
Quem nunca passou por aquele professor que ficava só falando e a maioria dos alunos fingia prestar atenção, mas estavam lendo revistas debaixo da cadeira, trocando recados escritos com colegas, fazendo jogo da velha no caderno, ou até mesmo estudando outra matéria que lhe interessava mais? A geração nova faz isso, só que com celulares de última geração, que podem filmar, e oferecer um monte de coisas legais para se fazer, até mesmo ver televisão, que era um fetiche na minha época de aluno.
É hora dos professores entregarem-se a criatividade dos alunos em buscar ocupações durante as aulas para sanar a chatice da aula e bolarem idéias, comunidades no Orkut, fóruns de discussão, buscar nos interesses do aluno um meio para articularem o conhecimento que desejam passar, mas só uma observação: Nada de cobrar dever de casa online, pois desculpa já tem: O vírus comeu!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Youtube: Divisor de Águas...

...que tem dado o que falar. O youtube e outros sites de hospedagem de vídeos tem sido, ao mesmo tempo, um gerador de oportunidades pra quem quer se auto divulgar como artista, mostrar seus vídeos para uma grande mídia e ganhar um lugar ao sol, e, para outros, tem se tornado um grande pesadelo.
Esta semana tivemos o vídeo de Vanuza e a discutidíssima versão do hino nacional, postada no youtube. Esses sites não têm deixado as figuras da mídia dormir em paz. Haja processos contra o site. Daniela Cicarelli que o diga. Vamos pensar... Quantos famosos já deram/comeram na praia antes dessa nova era, sem serem pegos? Uma foto na CARAS? Ah... Um vídeo em qualidade péssima vale mais que mil fotos photoshopadas!
Até mesmo pessoas “comuns” tem sentido efeitos dessa super exposição. Uma professora foi demitida na Bahia por ter vídeos seu, dançando num show de pagode, postados na internet. A platéia, que disponibilizava de celulares com câmeras, registrou o fato e jogou na rede.
Há também a criação de celebridades instantâneas. Como posso dizer, nem tão célebres assim. Exemplos: Susan Boyle, Sthefhany Crossfox, as discípulas de Inri Cristo, tombo de Caetano Veloso, Maísa, e, como já citado no primeiro parágrafo, a bola da vez: Vanuza. Não são pessoas que se destaquem pelo talento e pela beleza que possuem. É a fórmula do chiclete visual.
Chiclete visual segue a mesma regra da música chiclete: É simples, tosco, apresenta algo na freqüência do grande público do site, com uma versão menor(refrão) para quem tiver com pressa pra assistir a melhor parte. É como o funk: desnecessário, mas muita gente não vive sem. Mas eles seguem outra regra cruel: Sua fama não dura mais que 15 minutos. Poucos como Sthefhany Crossfox conseguirão uma vaga no A Fazenda.
Agora, falando de minhas experiências, há muita coisa que pode ser garimpada. Alguns privilegiados que tinham em seus arquivos de vídeos animações, clipes, músicas, programas da época da minha infância, estão disponibilizando este material para minha alegria. As tarde de sábado e domingo não tem sido as mesmas assistindo Flashman e outras séries mofadas na internet.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A televisão aberta: Cavalo dado...

Muitos amigos meus tem questionado sobre a televisão atualmente. A qualidade da programação anda muito ruim e, o que me surpreende, é que quando mudam as grades de programação, é para pior! As escolhas estão entre: telejornal que só mostra violência, novela, filme de cachorro e programas de merchandising. Aqui em casa, por usarmos uma antena UHF ainda temos acesso a uns canais diferentes como NGT independente, SESC TV, MTV, entre outros. Ainda assim não são grande vantagem. Ainda imagino como será quando eu assinar tv a cabo e me esbaldar nos filmes e variedades de programas. Como este dia, pelo menos pra mim ainda vai levar um tempinho pra chegar, vou resumir com minhas palavras as opiniões sobre cada tv:


Rede Globo: A primeira da lista, apesar de não representar a metade do que já foi. Não é um canal que me chama a atenção. Os noticiários deste canal sempre me soaram tendenciosos e as reportagens do fantásticos sempre pareciam promover algum produto ou incitavam medo na população. É a que exibe os melhores filmes e da melhor forma, sem cortar nos momentos de clímax, como a SBT faz. Em materia de entretenimento ainda é a melhor, apesar de alguns programas de comédia como a Turma do Didi e Zorra Total serem infantis demais, me fazendo perder a paciência. As novelas, apesar de não assistir fielmente nenhuma, simpatizo com Caminho das Índias; que mesmo sendo chata e irritante, é a melhor que tem sido exibida atualmente e bate de longe as novelas da Record. Sobre a programação infantil? Eles tem bons desenhos mas tem medo de exibir material novo, principalmente se forem animações japonesas, por causa da censura. Acredito que uma boa reprise de algumas animações históricas balançaria as estruturas das manhãs na globo. Adoro aquela série de bruxinhos que passa antes do jornal local aqui no Rio de Janeiro. Ah! Não posso esquecer de mencionar o programa do Jô, o melhor programa de entrevistas da TV aberta atualmente. Este canal só estraga quando tem Big Brother Brasil, pois a maioria dos bons programas são tirados do ar.


SBT: A segunda, na minha opinião. A Record nunca será nem metade do que ela é. Motivo? Silvio Santos! Apesar de ser um apresentador popular e bem chulo em sua programação, é divertido, cativante. Torna momentos chatos do domingo, principalmente pra quem não gosta de futebol, mais interessante e no mínimo assistíveis. Ainda não aprendeu a fazer novela. Eles poderiam retomar a velha escola que produziu a novela Éramos Seis e até mesmo (desespero!) Chiquititas, que dá de dez a zero nessas produções novas. Boas jogadas foram as reprises de Pantanal, Xica da Silva e Dona Beija. Peca muito na exibição de séries, diamantes preciosos jogados na madrugada, sem nunca exibir o final. Atualmente, estão resgatando os apresentadores mais populares como Ratinho e Cristina Rocha, dando mais espaço para Hebe Camargo. Programação infantil? Animes repetidos exaustivamente como X-Men Evolution e Naruto(este segundo cheio de cortes e adaptações mal feitas). Ultimamente tenho sentido a falta de Chaves e Chapolin, que tem sido pouco exibidos.


Record: Já gostei mais deste canal. Existe a Record antes da fazenda e depois da fazenda, passando pelo durante. Antes da fazenda, eles procuravam sempre trazer mais qualidade, buscando no padrão globo de qualidade o meio para conseguirem se equiparar em ibope. Mas, depois da exibição deste reality, a record está uma merda, exibindo aqueles participantes passando pela ponte suspensa durante horas. Entrevista com fulano de a fazenda... sicrano de a fazenda... chega! Troquei de canal. Ponto positivo para os concursos beleza na comunidade brasil e o programa de variedades do domingo (o fantástico deles) com destaque para o cara que educa cães.
Eles não tem programação infantil. Todo mundo fala mal do programa Geraldo Brasil, mas ainda não tive tempo pra assistir. Só passei o canal uma vez e vi que estava passando o concurso da morena mais bonita. Fizeram muitas novelas, algumas tendo repercussão como Os Mutantes. Mas pecam pela exaustão. A novela foi uma trama longa demais. Antes de terminar a primeira eu ja tinha desistido de tentar acompanhar.


REDETV: É a tv que bebe da fonte dos outros canais. Sempre comentando causos e fofocas relacionadas a globais ou recordais, ou tentando promover uma nova estrela do funk, a mulher tangerina, a mulher cupuaçu, etc. Não investem em ficção por medo de perder feio para os outros canais, o que já acontece. Gosto muito do Pânico na TV, um programa divertido que tem boas matérias pra nos divertir, apesar de as vezes deixar a desejar tbm... Exibem alguns animes na sua grade mas nada que tenha muita repercussão. Saudades da manchete.


Bandeirantes: Não fede não cheira, pelo menos aqui no Rio de Janeiro. É muito fraca, nunca tem nada que chame a atenção. Simpatizei com o programa da Galisteu, achei divertido. Tanto que a Globo lançou um programa de temática parecida e no mesmo horário. Acredito eu que o que dá ibope neste canal é o programa da Marcia Golshmit, aquela baixaria nunca é tirada da grade! Programa mais chato da tv brasileira. Ah! Tem o CQC que é legalzinho...


TVE BRASIL EDUCATIVA: Sinceramente, nem sei se é esse o nome certo do canal. Apresenta programa infantil de qualidade, só saber os horários. Vi um programa jovem interessante e também tem o programa da Leda Nagle, que entre filme de cachorro e Marcia Goldshimt é a melhor opção.




TV Gazeta: Não tenho o que dizer sobre este canal. Ponto para o programa que vende jóias e me ajuda a dormir.




MTV: Não é em todos os lugares que pega, mas como a maioria dos meus amigos e eu assistimos a esta emissora, acho importante mencionar. Tem uma programação atualmente bem variada, indo a programa de discussões, aos programas mais senso comum como o do Marcos Mion (Descarga). Gosto dos programas do Marcelo Adnet, o quinta categoria com os barbixas, e os outros de vez em quando assisto. Acho os comerciais muito longos e me cansam. É uma tv enjoadinha na minha opinião.

Pra encerrar, vou dar a dica que tenho seguido ultimamente: Youtube. Já encontrei séries antigas como Jaspion e Flashman e você assiste sem precisar baixar. Digite na procura o que você quer e, quem sabe, é seu dia de sorte? A televisão aberta é um cavalo que precisamos olhar os dentes.

Abraços a todos e desculpem pelo artigo, longo demais.