terça-feira, 31 de março de 2009

Analista

Como eu me sinto? Me sinto mal cercado de pessoas que não me compreendem... Cercado de gente com problemas piores que os meus... Com responsabilidades que não são minhas... Com problemas que não são meus... Sozinho, num isolamento de idéias... Recriminado por quem vive religiosamente conforme a sociedade... Sem o direito de desabafar porque há pessoas com fome e frio e crianças morrendo na África... Sem o direito de sofrer por haver dores piores e gente morrendo de câncer... Sem um ombro pra chorar porque não tenho problema algum para lamentar... Sem o direito de viver minhas próprias regras... Porque poderia gerar uma anarquia geral e todos parariam de trabalhar, de arrumar festas bobas de casamento e de deixar os filhos sofrendo em escolas...
Como me sinto? Um pouco melhor agora...

domingo, 29 de março de 2009

Paraíso

Pega folhas
Coloca no saco
Despeja as folhas
Junta as folhas

Pega as folhas
Coloca no saco
Cuidado com os galhos
Cuidado com as fezes
Cuidado com as formigas

Calo estourado
Ardendo na mão
Capim no caminho
Foice no chão

Pega as flores
Joga no cantinho
Pra ninguem ver
As flores que caem
No caminho

Varre o chao
Junta o lixo
Pro outro levar
Para o paraíso

segunda-feira, 23 de março de 2009

Todo mundo tem...

Eu problemo
Tu problemas
Ele problema
Nós problemamos
Vós problemais
Eles problemam

sexta-feira, 20 de março de 2009

Estarei a partir desta publicação movendo os posts da historia para um blog específico da história pq ele estava meio perdido aqui no meio destas postagens loucas, destoando do tema do blog que é mais poesia e produçao textual alternativa...

vou deixar la ja pro pessoal que está acompanhando de uma forma mais organizada, eu sei que não é o gênero preferido da maioria mas é algo que me satisfaz profundamente, me fez feliz durante o tempo que a escrevi, e mesmo agora escrevendo tudo de novo, continua me dando frutos motivacionais. Este sim é um trabalho que gostaria de levar a frente...

o endereço tá aqui:

http://umnovocomecocontos.blogspot.com/

quem quiser dar uma conferida fique a vontade... Se não gostarem ou não quiserem ler eu perdôo vcs...

Agradeço a todos que me ajudam e principalmente neste momento q tenho passado... De complicações internas, falta de tempo e solidão...

Grato aos amigos

quarta-feira, 18 de março de 2009

Chuva na Casa de Água

Chuva na Casa de Água

Rolinhas abrigadas no abacateiro do vizinho
As duas menores ficavam juntas
E a maior ficava sozinha
Enquanto a chuva caía
No sol do meio-dia

A noite quando escurecia,
As três ficavam juntas na mangueira
A maior cobrindo as menores
Enquanto a chuva caía
Naquela noite maldita

Eu pensei em sair na chuva
Mas tremi de frio
Com a gota d’água em minha pele
E preso em casa fiquei
Naquela casa de água

Esperei a chuva passar
E fui tomar as rédeias da minha vida
Na volta, choveu novamente
E não tive escolha
Tive que entrar na água

A água estava boa
Não gelada como antes
Ou seria a necessidade
Que brochou
Minha sensibilidade ao frio?

Mais sorte tinha a rolinha
Aquela que não estava sozinha
Mesmo que a água viesse
Ela não estaria sozinha
Ela não morreria sozinha...

Cheguei em casa
Fui para meu banho quente
Rádio ligado, música no ar
E a canção desafinada
Que estava a cantar

Agora aqui no Word
Tentando fazer poesia
Com aquilo que foi meu dia
Mas em nada consigo pensar
Para essa poesia encerrar...

Tema: Bush –letting the cables sleeep

sexta-feira, 13 de março de 2009

Lente

- E agora, o que você vê?
- Só um monte de pessoas...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Um novo começo capitulo 2

Primeiramente, vou falar sobre a criação da fic. Ela "aconteceu" na época que eu fazia curso técnico de gráfica, isso antes de eu entrar na facul. Eu escrevi algo no caderno, o que seria um esboço do primeiro capitulo e dei pra uma amiga ler, ela gostou muito rs. Eu resolvi levar isso a frente para dar um sentindo aquele curso que simplismente fazia por fazer. Em meio a tintas e papéis eu parava num dos cantos da sala de grafica e sentava para escrever essa historia. Acho que por isso não pesei a mão e coloquei uma história leve, sem muitas tensões. queria que minhas amigas tivessem um pouco de fantasia em suas vidas, mas hoje em dia acho que não contempla mais isso. por isso mudei um pouco. alias, mudei quase tudo.

Capítulo 2


“Ah meu Deus! Já são sete horas! O relógio não despertou e logo no meu primeiro dia de aula vou chegar atrasada! Não podia ser pior.”

Escolheu uma roupa bem formal para o primeiro dia, já que não tinha uniforme. Uma calça jeans meio folgada , uma blusa branca de algodão, tênis preto e um colete de crochê de várias cores porque fazia frio. Resolveu prender o cabelo bem no alto. Arrumou-se no espelho, usou maquiagem discreta para disfarçar o inchaço nos olhos e um batom cor de boca.

Fez umas torradas e um café forte. Ficou lembrando-se da semana anterior, quando haviam chegado de viagem, que havia conhecido um garoto super simpático na praça do bairro. Mesmo voltando ali várias vezes depois do ocorrido, não o reencontrou. Agora que o telefone estava instalado, queria lhe dar o número, para que pudessem conversar com calma. Mas não tirava da cabeça a possibilidade de nunca mais vê-lo. Apesar dele parecer uma pessoa bacana e um bom amigo.

“ Ah sim, era Gui seu 'nome'”

Pegou a mochila e saiu assim que tomou o café.

No caminho ainda passou pela praça onde encontrou Gui. Nos outros dias em que não o encontrou deu várias voltas pela vizinhança para conhecer todo o bairro. De alguma forma, sua tristeza havia se dissipado, não totalmente mas já conseguia sorrir. Ainda não havia passado na área que fica próxima a escola. Colégio Monte Castelo era o nome. Uma escola renomada e particular onde, possivelmente, passaria o resto de seus anos escolares até que fosse para faculdade. Não sabia nem como começar. Não conhecia ninguém, provavelmente todos os grupos da turma já estariam prontos e mesmo sendo muito comunicativa, seria difícil fazer amizade com o pessoal popular.

Finalmente havia chegado. A escola era enorme e haviam poucas pessoas na portaria.

- Com licença, senhor...

- Sim? Um porteiro velho e barbudo a atendeu.

- Eu sou aluna nova e gostaria de saber onde fica a sala 8B.

- 8B? Você já está na oitava série? Parece-me muito novinha! Diz o porteiro zombando dela.

- Ei senhor, já tenho catorze anos se quer saber! Dizia ela fazendo biquinho.

- Pequenininha desse jeito? Duvido. Tá mais pra doze.

- Ora seu...

- Menina, se quer saber alguma coisa, pergunte ao Diretor Adjunto, ele com certeza vai saber te explicar. Além do mais, não posso sair da portaria agora.

- Onde posso encontrá-lo? Pergunta Joan ainda tensa.

- Segue direto neste corredor.

Enquanto ela ajeitava a mochila, apareceu um homem com uma aparência jovem, um bigode bem feito, um terno preto muito bem passado e um olhar acolhedor. “Muito jovem para um diretor, deve ser recém formado. É muito elegante e bonito. Mas pra quê um terno tão fino?”

- Este é o Diretor, menina.

- Sim, sou eu. Ele disse, dando um sorriso acolhedor.

- Esta menina é aluna nova e está procurando a sala dela. O porteiro, novamente intervém.

- Qual a sala?

- Sala 8B. Falou ela.

- É a sala do meu sobrinho. Ele tava todo envolvido com os preparativos da edição do jornal escolar este mês. Será que ele não está por aí para ajudá-la? Eu estou tão ocupado agora. Gostaria de aguardar uns minutinhos na sala de espera?

- Não precisa se preocupar, eu mesmo consigo me achar aqui dentro da escola. Disse ela confiante.

- Pequena desse jeito? Duvido. O porteiro novamente zomba dela.

- Me deixa em paz, seu chato! Ela reclama. Não se preocupe diretor, eu me acho aqui dentro.- Neste momento uma pessoa se aproxima do diretor.

- Tio, Não vai ver os preparativos do jornal para este mês?

- Gui! Finalmente te encontrei! Seu tio exclama de alegria. Você pode me ajudar? Essa menina está precisando de ajuda para encontrar a sala dela que, por coincidência, é a mesma da sua. Leve ela porque agora tenho que resolver outros assuntos.

- Tio, mas... Ele fica sem respostas. Ok pode deixar.

Eles se olham de frente. Joan fica pasmada ao ver que é ele, o Gui, o garoto que a acudiu na praça quando ela se encontrava em prantos. Quase não havia o reconhecido naquele uniforme almofadinha com gravata e tudo. Estava lindo! Todo penteado e olhando-a com as bochechas avermelhadas, porém feliz, com um meio sorriso no canto dos lábios.

Aquele colégio seria diferente de tudo aquilo que ela vivenciou em sua cidadezinha. Naquele local as regras pareciam funcionar. Passou por algumas turmas e viu os alunos, todos sentados, fazendo suas tarefas sem conversar. Em sua antiga escola isso seria impossível, não que lá fosse uma bagunça, mas as regras se faziam na conversa, todos podiam opinar que seriam ouvidos pela direção. O diretor parecia bem parcial, mas a rigidez aparente demonstrava o contrário.

- Oi. Está melhor?

- Sim. Respondeu ela enquanto caminhava, seguindo-o.

- Aquele dia, nem deu tempo da gente conversar...

- Tudo bem, sem problemas... Ela estava tímida por ele tê-la pego chorando da última vez.

- É por aqui.

Subiram uma escada e ainda caminharam por um longo corredor.

- Onde está aquela jóia que você estava usando?

- Deixei em casa.

Andaram mais um pouco em silêncio e chegaram à sala de aula.

- É aqui. Vou avisar ao professor que você chegou.

- Não precisa não, eu mesmo...

Ele segurou seu braço.

- O professor é muito bravo, deixe comigo.

- Tá, se você insiste...

Ele entreabriu a porta e olhou, depois falou alguma palavras com o professor. Em seguida, ele a chamou.

- Entre logo, eu vou ao jornal. Tchau.

- Tchau Gui.

- Hei garota, ande logo para o seu lugar! Está atrapalhando a minha aula!

Joan estava incrivelmente desnorteada, não conseguia nem se mexer tamanho era a vergonha que ela passava.

- Aqui! Uma garota de óculos e cachos loiros falou apontando para uma carteira próxima.

Joan rapidamente sentou-se na carteira e olhou para a loirinha de óculos dando um sorriso de agradecimento.

- Esse professor é sempre assim? Perguntou Joan a loirinha.

- Nada, você precisa vê-lo de mal humor... Cochicha a aluna.

As duas riem.

- Qual é o motivo da graça aí atrás?

- Nenhum professor.

- Então silêncio, principalmente você aluna nova...

Voltaram a fazer as tarefas.

- Qual o seu nome? Pergunta Joan a outra menina.

- Meu nome é Laura. Você é amiga do Gui?

- O conheci estes dias. Mas não posso dizer que sou amiga dele.

- Que pena, ele é muito legal. Se ela não sufocasse tanto ele... Mas que ele e a namorada dele se entendam... Eu não tenho nada haver com isso... – Uma breve faísca sai dos olhos de Laura e um sorriso maroto no canto dos lábios demonstram interesse na história do casal.

- Como assim? Pergunta Joan curiosa. Quer dizer que ele tem namorada?

Neste momento entra Gui na sala e vira-se na direção de Joan sorrindo. Um sorriso semelhante ao de seu tio. Sentou-se sozinho, pegou o caderno e começou a escrever.

- Do que você está falando? Pergunta Joan mais curiosa do que nunca.

Sentindo uma pitada de interesse no ar, Laura diz:

- Hmmm, no intervalo a gente conversa melhor.

Trimmmmmmmm! O sinal do intervalo toca.

Joan ria por dentro. Não via a hora de conhecer melhor as pessoas daquele colégio, que parecia ser bem intrigante.

- Vamos descer, disse Laura.

- Ta. Joan fecha a mochila se levanta e sai.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Desaniversário

Hoje é dia do homem
Dia 8 de março será dia internacional da mulher

quarta-feira, 4 de março de 2009

Idéias

Tive uma idéia essa noite e ela fugiu.
Tentei agarrar, mas ela fugiu.
Todos sabem que idéias são coisas preciosas.
É delas que nossos sonhos se alimentam
E meus sonhos estão desmamados
Tive uma idéia e tentei agarrar
Ela estava banhada em gordura.
Escapuliu do meu abraço.
Eu também estava com sono
Eu estava inclusive dormindo
Eu estava sonhando...

segunda-feira, 2 de março de 2009

Recalcado



Será que o nada está no plural?

Se o zero é zero coisas ou zero coisa?

O zero fica mais sonoro no plural.

Zero críticas fica melhor que zero crítica.

O zero representa o quê realmente?

Na verdade não sei...

Acho que o um é o único número singular...

Tadinho... tão singular... tão sozinho

Nem o zero quer ser singular...

O Zero na verdade não é nada e nunca vai ser...

O Zero é recalcado...